maio 26, 2012

Bagunça ao cubo

O nada.
O amor.
O tudo.
Necessariamente nessa ordem.
(Talvez volte para o nada algum dia)
Quando você ainda não amou alguém
(desesperadamente)
tudo é nada.
Nada é louco,
nada é diferente,
nada é bobo,
nada é esse mimimi de amar.
E de repente: Um amor
correspondido ou não
surge!
E teu nada vira tudo
tudo ao quadrado ou ao cubo
tudo alterado, bagunçado
desconfigurado e tumultuado.
É simplesmente assim
simples é o amor
(não teime!)
ele é simples.
Amar é que é complicado.

Não sabe escrever sobre o amor aquele que ama
e somente quem ama é quem tenta escrever sobre amor
logo amor não é possível ser escrito, descrito
nem paginado ou guardado em livros.
O amor acomoda-se entre a gente
chega invadindo o "eu e você"
 permanece implícito no "nós"
e carinhosamente guardado na gente.

 E não há necessidade dele ser definido
ele simplesmente está e estático fica onde estiver.
Amar é o que complica
pois ninguém sabe para onde o amor quer ir
ninguém sabe levá-lo flutuando pelo coração
pela vida e pelo o próprio caminho
todos tem a necessidade de complicá-lo e não dedicá-lo.

 Nós nos esquecemos de tomar o nosso próprio amor
 nosso próprio rumo
 pois ficamos esperando o amor de outro alguém
queremos trocas quando algo tão valioso
(wait for it)
pode ser apenas nosso!

Complicamos sim.
Amores vem e se vão
mas nenhum acaba
amor é tudo
e às vezes o tudo toma outro rumo
compra uma casa nova
para preencher o nada de outro alguém.
Alguns amores ficam no vai-e-vem
e outros, às vezes, nem sabem
onde estão
mas estão lá, eles sempre estão.
Os amores estão em nós
(os laços são para filmes românticos)

Flávia Andrade


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