junho 08, 2014

Você que me trouxe essa balbúrdia, ora, seja direto, diga logo o que quer: roubar mais um pouco de mim ou apenas permanecer na minha vida de vez? Não posso mais adivinhar porque minha mente está sobrecarregada de lembranças e elas talvez sejam futuras, algo que ainda não houve, não confie em meus fatos. Você que veio de tão longe se sentar nesse único lugar perto de mim, ora, ou leve-o de vez ou traga uma cama, uma sala de estar, uma cozinha e todo o resto de uma casa. Porque eu já não sei para onde vou se você não decide se vai ou se fica. Você que desapropria o chão dos meus pés e desacelera minha calma, ora, pois trate de não tirar mais nada, apenas acrescentar e somar. Se for sumir por dois dias que seja para voltar com mais quatro. Você que é cheio de si, não me deixe cheia de mim, cheia de nada, quero mesmo é que transborde. Já vem? Pois venha, ora, para que se acanhar? Traga tudo o que tiver porque é tempo de nos construir.

Flávia Andrade

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