Eu erro mais do que acerto, haja dias para consertar minhas noites. Eu culparia todo o mundo, mas se sou eu quem dou meus próprios passos, a culpa é de quem? E afinal, eu não tenho licença para errar? Talvez esteja escrito em algum lugar por aí que é a junção da idade com alguns traumas, talvez tenha alguém que me salve quando julga que só quero ter atenção. Eu estou distante de decidir pelo o que é certo, optar pelo o que é seguro, e no fim dá uns arrepios assustadores só de pensar em morrer dentro de casa por não fazer nada. Algo me diz que é desperdício não aumentar a velocidade na estrada por medo, que não vale a pena dizer tanto não. E algo me diz que pensar assim é errado e convenhamos: eu sou aquela que apontam e dizem: é caso perdido. E se ainda não apontaram e disseram, é porque ainda não viram muito de mim, não ouviram minhas histórias, então precisam de mais. Eu vou em busca de mais, afinal, não posso negar minhas próprias frases e eu já comecei dizendo o que faço.
— Flávia Andrade.
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