março 14, 2015

Adeus Sem Consoantes


    Olho para você com toda a calma que eu aprendi a ter, enquanto na mente só o desassossego rodeia. Disfarce um riso, peço para mim. Disfarce um abraço frouxo que se torne apertado e não o deixe ir, recomendo em silêncio. E, calmamente, entre o sorriso e braços abertos, te digo para ficar. Não quero demonstrar que preciso, mas não quero mentir que logo esqueço. Olho para você como se tomasse um café cheio de açúcar, com as bochechas coradas. Mas aqui dentro estou inundada de café amargo, com os olhos marejados. Não mostre seu riso, imploro ainda quieta. Não mostre que está tão bem para não parecer que só para mim tem sido difícil lidar. Se você fizer um tumulto, uma cena, eu faço também. Se você desistir de ir, eu desisto também. A condição para o meu silêncio é o seu e assim é o resto. Olho (com esses olhos que tanto conversam) como quem diz: tudo bem, é só mais um capricho meu, pode ir.

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