maio 31, 2015

uma tremenda estranheza má afeiçoada


    não se preocupe com todos os livros que já li, nem com os filmes que vi e as músicas de bandas desconhecidas que só eu conheço e esqueça esses textos que escrevo como se eu os respirasse, porque nada disso adianta quando eu amo. nem que eu tenha lido artigos científicos de oitenta páginas sobre o amor saberei amar. eu me inverto, eu me mudo, eu me transformo, eu me alimento de mim até não sobrar nada, e eu me vomito, e eu me recolho. eu sou uma tremenda estranheza má afeiçoada quando se trata de amor. 

flávia andrade

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