julho 06, 2015

gosto que não desce garganta abaixo

     não vejo os dias passarem, meus olhos estão cheios dessas coisas de ontens e amanhãs e não se fazem presentes. não sinto o tempo mudando, é só um frio de janeiro a janeiro por dentro de toda roupa e pele. não sei o quão distante você já está de mim, porque ainda vivo aquela memória de dezembro, e aquela memória de fevereiro, e a outra memória quase perdida de agosto. não calculei as semanas, mas algo me deixou pra trás do mundo inteiro, numa realidade distante com escritos repetitivos. se você ainda lê, me resgata daqui, diz que não vai embora outra vez até que eu me recomponha, até que eu saiba entender que hoje ainda é nosso fim.

flávia andrade

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