Eu fugia da rotina, não queria nada demais. Errar caminhos e desviar de pessoas parecia o ápice da corrida mórbida de quem queria ser livre, como se liberdade a dois não fosse possível. Por quanto tempo a gente insiste em negar o que nos faz falta? Porque eu só percebi que precisava de dias repetidos quando um dia com você foi o melhor que eu pude ter, e ao voltar para casa foi preciso revivê-lo em memórias até pegar no sono às quatro da manhã. Querer mais do mesmo é aquietar a alma e a mente, vivendo dias que de tão parecidos não requerem mais nada que seja necessário ir buscar tão longe. Rotina traz sossego, por fim.
Flavia Andrade
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