Não me tire da rotina de pedir: toca Raul, de dizer: mais um chopp, e de, sem querer, deixar escapar: quero te ver. Deixe-me na mesmice de cantar que sou metamorfose ambulante, talvez esteja mais próxima da mudança. Não me roube a ingenuidade de procurar malícia em tudo, não furte minha maneira desligada de caminhar, sou apenas mais um alguém que sonha com os pés no chão. Deixa a monotonia permanecer (se ela ainda for bonita), só me tire disso quando as escapatórias virarem casa e não restarem outros abrigos.
Flávia Andrade
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