Pode ser essa ideia de pertencer a alguém que nos desestabilize. Não sabemos ser de ninguém. Não somos. Não temos plural. Não passamos de dois errantes, meio perdidos, bêbados sem álcool, escorados em balcões, deitados em sofás, caídos no chão. E se um quiser vir junto ao outro, pode vir e andar com passos ritmados, a estrada é para todos afinal. E se um quiser dormir na cama do outro também, pode dormir. Podemos nos cobrir de nós e fingir que somos sonhos e que, ao acordar, as nossas vidas de mão única continuam.
Flavia Andrade
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