Desconheço seu olhar manso, mas reconheço a fúria com qual me encara como se pudesse perfurar o rosto. É que a decepção deixa estragos emocionais. Sinto, além de sua dor, muito por não ter sido uma completa idealização e por não ter ficado para explicar quem realmente sou. Não vejo mais a simpatia das primeiras semanas juntas de um embalo fácil para conversar, nem ouço os convites que tentavam parecer espontâneos para lugar nenhum. Em pé, na minha frente, só você, muros, escudos e os clichês de auto proteção. Sinto muito por esse caos. Se eu não tivesse perdido toda a voz, toda a chance de explicação e se não tivesse tanto medo de te fazer fugir mais uma vez, desarmada eu daria motivos. Sem nada além do que não sou mais, permaneço aqui de mãos atadas e cabeça cheia querendo demonstrar que compreendo, em cada detalhe, a negatividade que seus passos transmitem para a minha direção.
fevereiro 19, 2015
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