junho 15, 2015

Vulnerável


    Eu tenho chances de correr para te encontrar e dizer todas as coisas que não param de rodear minha mente aonde quer que eu vá. Também posso continuar caminhando inquieta até que a gente se esbarre em qualquer calçada e eu receba a chance de dizer todas as coisas que não param de rodear minha mente aonde quer que eu vá. Posso tanto te procurar quanto esperar que me encontre, posso confiar no destino ou nos meus próprios pés. Eu somente não sei se posso ter tamanha coragem, se posso ter voz. Eu somente não sei o que vem depois. Se eu correr, posso perder todo meu ar. Se eu esbarrar, posso me machucar demais. Se eu confiar, posso acabar um pouco pior do que a última decepção me deixou. No meio de todas essas coisas que não param e etc e tal, estão suas reações. Não dependo de mim, pois se fosse, eu já estaria distante o bastante, com tudo resolvido. Dependo de você, de como foi seu dia, sua semana, do quanto sua cabeça está cheia, do quanto sua paciência anda durando, das suas cargas emocionais, físicas, dos seus últimos diálogos e do resto da sua vida, dependo de todos os caminhos que irão anteceder a parada na minha frente e toda a visão que seus olhos alcançarão enquanto meus lábios vão se mover pouco a pouco tentando dizer o que preciso. Se nada de você condizer com o que sinto, eu posso te perder completamente em poucos segundos, eu posso me perder sem prazo de volta, nós podemos acabar cometendo os maiores erros de nossas vidas. E tudo o que me rodeia é só sobre acertar dessa vez.

    Vulnerável. Sozinha. Depois de tanto tempo, é como estou.

Flávia Andrade

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