— Repete o finalzinho daquele poema do Drummond de novo, por favor — eu peço entornando a garrafa de vinho na taça que, a esta altura, foi esvaziada já umas seis vezes intercalada por duas bocas.
— Eu não devia te dizer, mas essa lua, mas esse conhaque...
— Vinho — corrijo apropriando-me do verso.
— Vinho — corrijo apropriando-me do verso.
— ... Botam a gente comovido como o diabo.
A estrofe sempre me dá um baque de verdade, como se eu me encontrasse ao lado daquele homem franzino e seus óculos e seus papéis de poeta para sentir a comoção da vida vilipendiada pela embriaguez.
A estrofe sempre me dá um baque de verdade, como se eu me encontrasse ao lado daquele homem franzino e seus óculos e seus papéis de poeta para sentir a comoção da vida vilipendiada pela embriaguez.