dezembro 22, 2015

Das dificuldades tamanhas

    Eu não consigo relaxar os músculos, não consigo desacelerar o coração de volta à normalidade aceitável. Eu não consigo respirar muito sem algum pensamento sobre você. Não consigo pensar muito sem parar no seu nome. Não consigo ver tanto seu nome por aí sem querer te ver. Não consigo ir te ver sem me encontrar primeiro, sem ter medo de me perder na sua frente. Não consigo perder esse medo enquanto você não me chama com breves insistências. Não consigo explicar o quanto umas tentativas a mais aos meus charmes às vezes caem bem. Não consigo explicar, afinal, muita coisa. Não sei fugir do meu próprio silêncio, mas sei que quero te deixar acomodado até quando não tivermos palavra nenhuma para dizer. Não somos de mudez mútua, mas risada a gente compartilha até que bem. E não sei perguntar se você está bem com a sinceridade maior de pedir para me contar cada angústia guardada e cada felicidade sua que não presenciei antes. Não sei manter a conversa até descobrir sua vida inteira e pedir pra me encaixar. Eu estou sentindo tudo, mesmo sem conseguir nada além de te abraçar bem forte significando muito além de um calor casual. Assim, perdida e bagunçada, como uma pedrinha importante no bolso de uma pilha de roupas sujas, eu espero você me descobrir.

Flavia Andrade

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