Tão jovem se perdeu nas entrelinhas de seus costumeiros poemas e não mais se encontrou. Tão nova e já presa em vírgulas e reticências e nunca mais pôs ponto final. Proseava em versos, vivia em estrofes, sorria em palavras. Outrora chorava em algum meio e calculava suas metrificações. Repugnava a ignorância, mas adorava a desconfiança. E assim seguia os dias, quatro ou cinco linhas e uma queda para outro abismo de inspiração. Às vezes devaneio, às vezes atenção.
Flávia Andrade
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